domingo, 15 de junho de 2014

Programa Mais Educação - CAIC Rio Claro: Letramento



OFICINA DE LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

 À medida que a imaginação dá um corpo às formas das coisas desconhecidas,
A pena do poeta empresta-lhes contornos, dando ao vazio e ao nada
Uma casa, um sentido e um nome.
Shakespeare, Sonho de uma Noite de Verão, V.I


OBJETIVOS

·         Promover a leitura e a contação da história "A verdadeira história dos três porquinhos"  de forma lúdica;
·         Estimular a prática e formação de leitores e contadores de histórias nos alunos.


ESTRATÉGIAS

Várias podem ser as formas de leitura: silenciosa, em voz alta, dramatizada (no caso, por exemplo, de um texto narrativo com diálogo). Antes de iniciar as leituras previstas os alunos observarão sua própria capacidade de ler em voz alta um texto. Se não ler bem, é sinal de que o leitor não compreendeu a mensagem do texto e não conseguirá fazer com que os seus ouvintes entendam.

Fazer leituras considerando esse conjunto de normas:

a)      Ler pausadamente, com voz clara, vocalizando bem.
b)      Pronunciar com nitidez todos os vocábulos, para que o ouvinte capte a informação do texto lido.
c)       Ler com fluidez, sem arrastar as palavras e sem parar de forma gratuita isto é, sem motivo.
d)      Fazer as pausas correspondentes aos sinais de pontuação, Se não, não se entende bem o texto e até se pode chegar a mudar o seu sentido.
e)      Dar entoação correta e variada, distinguindo, por exemplo, entre um comentário do narrador e um diálogo.
f)       Fazer uma leitura expressiva, tentando dar vida às palavras do autor, transmitindo ao leitor as emoções ou estados de espírito das personagens e o clima que o texto sugerir (alegria, revolta, ternura, mistério etc.).
g)      Ter muito cuidado na inflexão final das frases. Uma frase declarativa não pode terminar do mesmo modo que outra interrogativa, por exemplo.
h)      Entender o que se está lendo; do contrário, dificilmente se poderá entoar bem e expressar com o corpo, a mensagem e a intencionalidade do texto.
i)        A vista deve ir um pouquinho adiante do que se está pronunciando, para regular a entoação que se deve dar a cada frase. Convém que, de vez em quando, o leitor seja capazes de tirar os olhos do papel e olhar para o seu público.


ATIVIDADES DA OFICINA

Tarefas:

1.      Roda da conversa (o que eles pensam sobre a leitura e o ato de contar histórias);
2.      Propor uma escolha pessoal do aluno de uma história que queira contar;
3.      Expor sobre a importância histórica de contar histórias;
4.      Demonstrar as crianças que há diferença entre ler e contar histórias;
5.      Escolher Livros para ler para crianças;
6.      Escolher histórias para contar;

7.  Propor que a história que a  lida ou contada pelos alunos seja a "A verdadeira história dos três porquinhos";
8.      Escrever essa história;
9.      Analisar a escrita dessa história;
10.  Dividi-lo em momentos para adquirir intimidade com o texto;
11.  Destacar e reler os momentos de maior tensão;
12.  Destacar e reler as palavras mais difíceis de pronunciar;
13.  Ler o texto em voz alta três vezes;
14.  Ler o texto de frente para o espelho;
15.  Contar a história sem apoio do livro ou do texto;
16.  Ler ou contar a história a classe.

Avaliação: Leitura do texto ou da contação de histórias.

·         Nas oficinas:
— participação do aluno em todo o processo da oficina.

·         Na apresentação:
— audibilidade;
— articulação;
— respeito pela pontuação;
— entoação;
— ritmo.


Leitura deleite
Sabores e dissabores de um livro Já ninguém o queria. Afinal quem queria aquele velho livro de biblioteca, com a velha história que todos conheciam, uma história com príncipes e princesas que relatava apenas um daqueles contos com finais previsíveis e que terminavam sempre da mesma forma: “e viveram felizes para sempre”. Por isso, o livro teve uma ideia, ele tinha de mudar a sua história, mas não sabia como fazê-lo.Então, dirigiu-se ao único livro da estante que já o tinha feito e perguntou-lhe:- Como conseguiste?- Caro amigo livro, o percurso não foi fácil, tens mesmo a certeza de que o queres fazer?Mas o diálogo foi interrompido, de súbito, pela chegada de uma menina que gostava muito de ler e de ouvir histórias de príncipes e princesas. Ao chegar à estante, pensou que poderia dar aquele livro á sua amiga, Rita, que estava doente. Quando chegou a casa da sua amiga, reparou que não o tinha consigo… afinal o livro tinha escolhido outro rumo para a sua vida. Tinha voltado para a estante, estava decidido a mudar, queria que quando o lessem, as pessoas pudessem sentir o sabor salgado do mar nas histórias de piratas aventureiras que percorrem os sete mares, permitindo-lhes viajar a todos os cantos do mundo, apenas lendo as suas palavras.Assim sendo, ele decidiu reencontrar-se com o único livro que conseguira mudar a sua história e retomar o diálogo:- Estás mesmo determinado a mudar? – Questionou o seu mestre e velho amigo.Ao que o livro respondeu:- Nunca tive tanta certeza ao longo da minha existência. O que posso, devo fazer?- Para mudares, basta acreditares que o podes fazer…E assim, com os ensinamentos que o seu mestre lhe deu, o velho livro foi para o seu lugar na estante e ficou a pensar: “Sou velho, estou estragado, ninguém me quer, mas nem tudo pode ser assim tão mau, não é? É! Sempre me disseram que não devemos julgar um livro pela capa… O importante é o conteúdo, o que nós somos interiormente…”.“Então, o que devo mudar, não é a minha história, porque essa dará prazer a muitas crianças que gostam de príncipes e princesas, mas sim o meu aspeto exterior!”“Devo dirigir-me, talvez, a uma editora, pois ela poder-me-á ajudar…”.Se pensou isto, melhor o fez. Mas como iria ele sair daquela estante?Nisto avista uma criança com uma mochila entreaberta às costas e pensou se ao menos aquele miúdo passasse ali perto, talvez pudesse dar-lhe uma boleiazinha.Assim, o desejável aconteceu. Durante esta atribulada viagem e em conversa com os outros livros escolares que se encontravam dentro da mochila, o nosso livro conseguiu descobrir a morada da editora.Na manhã seguinte, pelas nove horas, o livro encontrava-se à frente da editora, à espera que alguém o atendesse. Apareceu um senhor e o livro dirigiu-se a ele:- Bom dia, gostava de falar consigo…- Mas quem está a falar? Estarei doido?- Não, o senhor não está doido, olhe para baixo, estou aqui!- Meu Deus, nunca vi um livro falar, mas diga-me o que deseja?O livro contou a sua história e o editor resolveu ajudá-lo. Assim, chamou a sua equipa que prontamente fez novos arranjos gráficos, novas ilustrações e uma capa bastante apelativa para todas as crianças.O livro foi reeditado, fez a delícia dos mais novos e também dos mais velhos. No entanto o nosso amigo pediu ao editor que o voltasse a colocar na estante da sua biblioteca.Os amigos não o reconheceram, mas ele fez questão de lhes recontar a sua história, e disse-lhes:- Sejam sempre, sempre vocês mesmos, o importante é o que somos e não o que aparentamos.

(Autor desconhecido)



História: A verdadeira história dos três porquinhos
(Scieszka, Jon) 







(Acima fotos da apresentação da história com fantoches realizada pelos alunos)

















(Acima fotos da confecção de dedoches da história )

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